Hidroterapia em Traumatologia
Dr. Marcos Alexandre dos Santos *
|
|||
1- Introdução 2- Consolidação de Fraturas
A consolidação da fratura começa imediatamente após a lesão. A fase inflamatória leva quatro dias aproximadamente e é caracterizada por hemorragia e morte do osso. Ao exercitar-se nos estágios agudos da lesão é melhor evitar movimentos que sejam similares ao mecanismo causador da lesão. Durante a fase de reparo, células adjacentes ao foco de fratura proliferam. O tecido de granulação começa a formar uma ponte entre as pontas dos ossos quebrados. As células amadurecem a medida que os osteoblastos formam um osso imaturo, conhecido como calo ósseo ou osso trançado. Este processo começa dentro de três a quatros semanas após a lesão e demora aproximadamente três a quatro meses até que um calo duro seja formado. A formação de osso primário ocorre durante o estagio de remodelação. O excesso do calo ósseo é reabsorvido, e um tipo de osso trabecular é depositado ao longo das linhas de maior estresse. O remodelamento continua até que o osso fraturado seja restaurado à sua forma e estrutura original.
3- Adaptação Progressiva para a Terra
Após um traumatismo há dor, inflamação, inchaço, perda de mobilidade, perda de função e rápida deterioração da condição física. As preocupações imediatas do terapeuta devem ser proteger contra estresse e traumatismos adicionais a área envolvida; reduzir a dor, inflamação e inchaço; iniciar um programa de repouso ativo; aumentar a amplitude de movimento; e educar e informar o paciente sobre a natureza e restrições impostas pela lesão. O objetivo de qualquer programa de reabilitação é restaurar as estruturas avariadas para um estado de “pré-lesão” com o uso de exercícios terapêuticos. Um programa integrado empregado exercício aquáticos e os exercícios básicos na terra pode atingir este objetivo muito mais cedo do que se fossem utilizados apenas os exercícios de terra. Programas de reabilitação que enfocam aumento da força e resistência permitem ao paciente participar de exercícios continuo ao mesmo tempo em que reduz a chance de vir a lesionar novamente. Paciente que melhoram sua força e resistência de sedentário e sedentário /light ou para light melhoram suas chances de voltar ao trabalho em 60%. O recondicionamento de um individuo sedentário difere do de um atleta apenas no tipo e intensidade dos exercícios usados no programa. Independente da condição física, o terapeuta precisa determinar os exercícios mais efetivos, sem colocar em perigo as estruturas lesadas ou atrasar o processo de cicatrização. Estes exercícios devem enfocar uma melhoria na flexibilidade da unidade músculo-tendinosa, melhoria na força e resistência muscular, melhoria no equilíbrio (propriocepção), manutenção ou restauração da condição cardiorrespiratorio, restauração da função biomecânica, e retorno progressivo do paciente para as atividades em terra o mais rápido possível.
• Nível 2 - Introdução de Carga Os exercícios devem ser precisamente regulados e executados de modo controlado sem nenhum movimento abrupto. O ambiente deve ser controlado e previsível para eliminar risco de lesão. Movimentos cíclicos, tais como bicicleta, são melhores por que são compostos de fases distintas, sempre idênticas e repetitivas. Exercícios isométricos podem ser introduzidos neste nível. O paciente deve tentar conseguir uma contração total do músculo sem dor. Evite utilizar carga dinâmica e movimento de força.
4-Tipos de Equipamento Aquáticos
O equipamento utilizado na área da piscina deve ser bem construído e resistente à proliferação de bactérias. Deve haver um lugar para estocagem e drenagem de todo o equipamento deve ser usado apenas para o propósito a que foi desenvolvido. Segurança sempre deve ser a preocupação fundamental.
5- Inicio do Tratamento
Uma maca hidráulica ou um elevador de cadeira podem fácil, lenta e seguramente mover a pessoa para dentro e fora da água com um mínimo de assistência de outros indivíduos. O paciente também pode subir e descer deslizando por uma rampa em uma cadeira de chuveiro. Se nenhuma dessas opções for disponível, uma transferência cadeira de rodas-banquinho-chão pode ser feita. Para efetuar essa transferência, o paciente é estacionado de frente para a piscina. Um banquinho, com aproximadamente a metade da altura do solo ao assento da cadeira de rodas, é posto diretamente na frente da cadeira de rodas e as pernas do paciente são postas sobre o banquinho. O paciente a seguir faz se descer sobre o banquinho. As pernas são estendidas e o paciente faz-se descer sobre o solo. Em seguida, ele senta-se na borda da piscina com as pernas penduradas e é ajudado a ir dali para dentro da piscina. Essa transferência pode exigir de uma a três pessoas para ajudar com os ombros e extremidades inferiores e da força e ADM das extremidades superiores. Se o paciente deambular, degraus com corrimões ou uma escada de piscina podem ser usados.
• Exercícios primários Considerações |